Defesa de Braga Netto pede que Moraes reconsidere prisão do general
Defesa alega que não há justificativas para a prisão preventiva, já que as investigações estão encerradas e a delação de Mauro Cid é pública. Advogado solicita reconsideração da decisão ou aplicação de medidas cautelares alternativas.
A defesa do general Walter Braga Netto recorreu ao STF contra a decisão do ministro Alexandre de Moraes, que manteve sua prisão preventiva.
O advogado José Luís Oliveira Lima solicita que a prisão seja reconsiderada ou, se mantida, leve o recurso a julgamento para substituí-la por medidas cautelares alternativas.
Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e Defesa de Jair Bolsonaro (PL), está preso desde dezembro de 2024, sob suspeita de tentar interferir nas investigações da PF sobre uma tentativa de golpe estatal.
Em 22 de maio, Moraes justificou a prisão mencionando o depoimento do ex-comandante da Aeronáutica, Carlos Baptista Júnior, que acusou Braga Netto de ordens para pressionar nas redes sociais.
No novo recurso, a defesa argumenta que a prisão não se sustenta, dado que a delação de Cid é pública e as investigações foram concluídas:
- Não há investigações em curso.
- Testemunhas já foram ouvidas.
Sobre o depoimento de Baptista Júnior, a defesa alega que ele não apresenta riscos à liberdade do general, baseando-se em um “frágil elemento” de dois anos atrás.
A denúncia da PGR afirma que Braga Netto teria orientado militares a pressionar Baptista Júnior com estratégias de desinformação. Porém, o advogado argumenta que Baptista admitiu desconhecer a responsabilidade de Braga Netto até a divulgação das investigações.
Além disso, Baptista Júnior afirmou que o general não estava presente nas discussões sobre a trama golpista, um ponto considerado relevante por sua defesa.