Defesa de Bolsonaro diz que Mauro Cid usou redes para falar de delação e pede anulação do acordo
Defesa de Bolsonaro argumenta que delator quebrou sigilo e mentiu em interrogatório, pedindo a rescisão do acordo. Ações judiciais se intensificam enquanto ministro investiga uso de redes sociais por Mauro Cid.
A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) solicitou, nesta segunda-feira (16), a anulação da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid.
O pedido se baseia em um desrespeito à decisão que proíbe Cid de usar redes sociais e revelar termos do acordo de colaboração.
A solicitação é influenciada por uma reportagem da revista Veja, que afirma que Cid mentiu durante o interrogatório no STF ao negar o uso de uma conta no Instagram para comentar sua delação.
Na sexta-feira (14), o ministro Alexandre de Moraes ordenou que a Meta identificasse o proprietário da conta em questão.
A defesa de Bolsonaro argumenta que o descumprimento dos termos do acordo é um motivo para sua rescisão, afirmando que as declarações de Cid comprometem a credibilidade do acordo feito em 2023 com a PF.
Além da anulação, a defesa pediu a reabertura do prazo para diligências, que se encerra nesta segunda, permitindo mais argumento das defesas após a PGR e o delator.
Na quinta, a defesa de Cid pediu uma investigação sobre o titular da conta no Instagram, e Moraes determinou a coleta de informações no dia seguinte.
Vania Adorno Bitencourt, advogada de Cid, alegou que o militar nunca usou o perfil e que as partes afetadas pela delação estão ansiosas para derrubar o acordo.
Ela criticou o uso da reportagem como prova, afirmando que não é algo que pode ser aceito em juízo.
Os advogados de Cid não responderam ao pedido de anulação da delação até o momento do fechamento da reportagem.