Defensor da poligamia e contra o café: quem foi Joseph Smith, fundador da igreja dos mórmons
Joseph Smith, fundador do mormonismo, alegou receber visões divinas que o levaram a criar uma nova denominação cristã nos EUA do século 19. Apesar de controvérsias e perseguições, a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias cresce e se espalha pelo mundo, com mais de 17 milhões de adeptos hoje.
Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, conhecida como igreja mórmon, foi fundada por Joseph Smith em 1830, após alegações de visões divinas. Smith se descreve como profeta, recebendo a mensagem de que as igrejas existentes eram "abominações".
O mormonismo é considerado um "produto tipicamente americano" do século 19, com cerca de 17 milhões de adeptos em todo o mundo, sendo aproximadamente 1,4 milhão no Brasil. A igreja mistura elementos de várias tradições religiosas, incluindo cristianismo e paganismo.
Smith fundou a igreja em um contexto de intolerância religiosa, enfrentando perseguições significativas, incluindo o Massacre de Hawn’s Mill em 1838, que resultou em 18 mortes. Ele foi assassinado em 1844, tornando-se um mártir para seus seguidores.
O Livro de Mórmon, traduzido por Smith a partir de placas de ouro com a ajuda de um anjo chamado Morôni, narra a história de colonos do Oriente Médio nas Américas e é considerado um terceiro testamento, superando a Bíblia na doutrina mórmon.
A igreja historicamente apoiou a poligamia, mas essa prática foi oficialmente banida em 1904. Entretanto, o baptismo pelos mortos e outras doutrinas divergentes do cristianismo, como a visão de Deus e a origem de Cristo, seguem presentes nas crenças mórmons.
Além disso, os mórmons evitam consumir café e outras bebidas quentes, seguindo uma revelação de Smith. Embora a poligamia tenha sido abolida, a igreja é frequentemente associada a essa prática devido ao seu passado.