Decisão de Moraes sobre IOF tem efeito retroativo e preocupa mercado; entenda motivos
Decisão do STF gera polêmica ao restabelecer IOF com efeitos retroativos, criando incertezas para contribuintes. Especialistas alertam para os riscos de um passivo tributário inesperado e mudanças no planejamento financeiro.
Decisão do STF gera alerta no mercado financeiro.
O ministro Alexandre de Moraes restabeleceu o decreto que aumentou o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) retroativamente a partir de 11 de junho. Especialistas indicam que isso poderá criar um passivo tributário inesperado para contribuintes.
O escritório Cepeda Advogados destaca que a retroatividade afeta o planejamento financeiro de empresas e investidores.
“O risco existente é o passivo tributário, considerando multas e juros”, afirmam.
Essa decisão impacta operações como:
- crédito
- câmbio
- seguros
- títulos e valores mobiliários
- aplicações em VGBL e FIDC
Diogo Olm Ferreira, do VBSO Advogados, argumenta que a decisão viola a segurança jurídica e propõe que os efeitos do decreto fossem reestabelecidos apenas prospectivamente.
Moraes justificou sua decisão alegando que o decreto estava dentro das prerrogativas constitucionais do Executivo. A retroatividade, segundo ele, visa a continuidade das políticas públicas tributárias.
Étore Sanchez, da Ativa Investimentos, considera a mudança um “desastre econômico”, pois afeta o planejamento futuro.
Leandro Turaça, da Ouro Preto Investimentos, afirmou que a medida traz incertezas sobre as regras do jogo, exigindo ajustes nas operações.
A partir da decisão, valem as novas alíquotas do IOF, incluindo operações entre 4 e 16 de julho, período de suspensão.
A medida ainda será referendada pelo Plenário do STF em agosto. Advogados recomendam que contribuintes revisem suas estratégias financeiras.
“Que o Plenário do STF possa reparar, urgentemente, esse erro”, conclui Ferreira.