De Roche à Sanofi: farmacêuticas buscam estratégias para evitar tarifas de Trump
Fabricantes de medicamentos europeus buscam se proteger de tarifas dos EUA. Roche e Sanofi avançam com investimentos e expansão na produção interna para minimizar impactos comerciais.
Roche e Sanofi, grandes fabricantes de medicamentos da Europa, estão se preparando para possíveis tarifas do presidente dos EUA, Donald Trump.
A Roche, da Suíça, planeja transferir parte da produção de medicamentos e criar estoques nos EUA e na China. Já a Sanofi considera aumentar investimentos em manufatura nos EUA, onde realiza quase metade de suas vendas.
O diretor financeiro da Sanofi, Francois-Xavier Roger, afirmou que estão sendo avaliadas medidas adicionais de investimento.
A Roche anunciou um investimento de US$ 50 bilhões nos EUA nos próximos cinco anos. A Novartis também se comprometeu com um valor de US$ 23 bilhões neste mesmo período.
Trump critica a dependência das empresas de fábricas globais e ameaçou tarifas sobre importações farmacêuticas. O CEO da Roche, Thomas Schinecker, declarou que a empresa pode absorver o impacto dessas tarifas e que quatro medicamentos podem representar 92% da exposição tarifária.
A Roche apresentou um crescimento de 7,2% nas vendas do primeiro trimestre, com receitas de 15,4 bilhões de francos suíços (US$ 18,6 bilhões). A Sanofi teve lucro impulsionado pela demanda pelo medicamento Dupixent.
Ambas as empresas mantêm suas perspectivas financeiras para o ano. A Roche, por exemplo, projeta crescimento do lucro por ação na faixa alta de um dígito.
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