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De queda ao salto de Hapvida: por que depósitos judiciais explicam virada na sessão?

Hapvida apresenta resultados mistos no 4T24, com aumento das provisões para contingências e compromissos judiciais. Apesar disso, analistas enxergam oportunidades de recuperação e mantêm recomendações de compra para as ações da companhia.

Ações da Hapvida (HAPV3) subiram 5,75% na sessão de quinta-feira (20) após resultados do 4T24, embora tenham iniciado em queda de 8,41%.

O resultado trouxe preocupações sobre disputas judiciais, com altos níveis de provisões (+30% T/T). Os analistas destacaram:

  • Provisões para contingências extremamente altas;
  • Aumento nos depósitos judiciais, sem melhora na classificação contábil;
  • Resultados operacionais fracos e aumento na dívida líquida;
  • Acordo com a ANS reduziu passivo de R$ 2,2 bilhões para R$ 1,4 bilhão.

A teleconferência trouxe alívio aos investidores, informando sobre a desaceleração nos depósitos judiciais e iniciativas para reduzir bloqueios. O CEO, Jorge Koren de Lima, espera um 2025 de crescimento, com foco em vendas e baixa taxa de cancelamentos.

O JPMorgan considerou os resultados negativos, com lucro por ação (EPS) de R$ 0,02, abaixo das expectativas de R$ 0,05. O Ebitda ajustado foi de R$ 968 milhões, abaixo das projeções.

Contrapondo, o Bradesco BBI ressaltou uma queima de caixa de R$ 422 milhões e aumento nos depósitos judiciais. A Genial Investimentos viu resultados operacionais positivos com menor sinistralidade.

Instituições como Goldman Sachs e Morgan Stanley mantiveram recomendações de compra, mas destacaram a necessidade de monitorar a judicialização e seus impactos futuros.

A Hapvida enfrenta desafios, mas analistas continuam a acreditar na recuperação de margens e uma trajetória de crescimento sustentável.

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