De Pequim a Washington: como líderes usam desfiles militares para mostrar poder
Desfile militar em Washington celebra o 250º aniversário do Exército dos EUA e o 79º aniversário de Donald Trump, destacando a interseção entre poder militar e identidade nacional. A ocasião também expõe como diferentes países utilizam essas exibições para transmitir mensagens de força, unidade e legitimidade.
Desfiles militares: uma ferramenta de poder em regimes autoritários e democracias.
No último sábado (14), Washington sediou um desfile militar em celebração ao 250º aniversário do Exército dos EUA e ao 79º aniversário do presidente Donald Trump.
Estes eventos, que ocorrem em locais históricos, como a Praça Tiananmen e o Arco do Triunfo, reforçam a identidade nacional e a união do povo.
A ocasião começou no Pentágono e avançou até o National Mall, passando pela tribuna de Trump.
Os desfiles também têm o objetivo de demonstrar alianças internacionais. O presidente Putin, por exemplo, convida líderes estrangeiros para seus desfiles na Rússia, especialmente após a invasão da Ucrânia.
Os desfiles servem como demonstração de poder, e isso é especialmente claro na Coreia do Norte, onde Kim Jong-un utiliza esses eventos para exibir armas nucleares.
A China também se destaca, com desfiles que mostram equipamentos militares em grande escala, enviando sinais de força ao mundo e, particularmente, a Taiwan.
O Pentágono enviou cerca de 50 helicópteros para o desfile de Washington, e os desfiles são acompanhados por performances acrobáticas e formações de soldados em sincronia, símbolos de disciplina e poder militar.
Enquanto líderes autoritários costumam glorificar sua imagem, como Putin com a fita de São Jorge, as democracias muitas vezes mantêm a separação entre poder militar e poder político.
De acordo com Scott Kennedy, o desfile pode refletir o desejo de Trump de associar o respeito pelas forças armadas à sua imagem pessoal.