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De Coach a Michael Kors: luxo ‘acessível’ ganha força e impulsiona as vendas do setor

Marcas de luxo de nível médio se destacam em meio à queda das vendas do ultra luxo, atraindo consumidores que buscam qualidade a preços mais acessíveis. As mudanças nas preferências dos consumidores evidenciam uma crescente desconfiança em relação aos preços exorbitantes praticados por marcas tradicionais.

O ultra luxo está perdendo seu brilho, enquanto marcas de nível médio estão se beneficiando dessa mudança no mercado.

A LVMH Moët Hennessy Louis Vuitton divulgou vendas mais fracas que o esperado, com críticas ao preço de fabricação de suas bolsas, como a Dior, que custa US$ 2.800 para ser feita.

No lado oposto, a Coach (Tapestry) está lucrando com sua bolsa Tabby de US$ 495, um sucesso viral que é bem mais acessível que similar da Dior ou Chanel.

Essa diferença ilustra como marcas de luxo médio estão se saindo melhor em um cenário econômico incerto, onde consumidores buscam qualidade e valor.

Segundo Fflur Roberts da Euromonitor International, “está havendo um certo retrocesso”, com consumidores questionando o valor real dos produtos. Em resposta, a Tapestry elevou suas projeções após bons resultados trimestrais.

Outras marcas como Amer Sports e Capri Holdings também superaram expectativas, enquanto Ralph Lauren se destaca pela variedade de preços e design clássico.

No entanto, gigantes do luxo como Hermès e Kering decepcionaram investidores, com a Chanel também enfrentando quedas.

O fast fashion não está imune, com marcas como Zara e H&M enfrentando desafios devido a preços altos e menos promoções.

Em contraste, alguns consumidores estão retornando às lojas, com a Primark reportando crescimento nas vendas em abril, em parte devido à mudança no feriado da Páscoa.

Apesar disso, os gastos dos EUA foram interrompidos, mesmo com salários crescendo e taxas de desemprego em 4,2%. Como observa Charles Allen, “se as pessoas tiverem dinheiro e virem algo tentador, elas gastarão”.

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