Datilógrafo, ascensorista e operador de telex: governo calcula ter 30 mil cargos obsoletos e prevê reforma
Ministério busca modernizar a administração pública ao transformar cerca de 30 mil cargos obsoletos em novas funções. A reestruturação visa atender a demanda por profissionais e suprir o alto número de aposentadorias no setor.
Digitalização e contratações temporárias na administração pública estão tornando carreiras obsoletas, como datilógrafo, ascensorista e cozinheiro.
O Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) planeja reformular essas funções, mantendo vagas na estrutura com novas atribuições. Cerca de 30 mil cargos são considerados obsoletos, com 44.218 outros em risco de seguir o mesmo caminho.
A reformulação é um processo contínuo, segundo o secretário José Celso Cardoso Jr.
— Precisamos adaptar essas vagas a funções mais atuais, como um auxiliar administrativo de nível superior.
A medida provisória publica em dezembro transforma 29,7 mil cargos obsoletos em 25,7 mil novos, com foco principal na educação e na criação de novos institutos federais.
O governo argumenta que cargos não essenciais poderiam ser preenchidos com contratações temporárias, evitando impacto financeiro à folha federal.
Aposentadorias entre 2010 e 2023 totalizaram 246 mil, deixando 30% dos cargos do Executivo vagos, um cenário que a MP visa reduzir para 26,2%.
O MGI garante que a reestruturação não afetará o orçamento, pois os recursos já estão previstos. A ministra da Gestão, Esther Dweck, deve anunciar informações sobre concursos em breve.