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'Dano está feito': economistas avaliam impacto do vaivém tarifário de Trump na economia

Embora o mercado tenha apresentado alta após a pausa nas tarifas, economistas alertam para consequências negativas da estratégia comercial de Trump. A confiança na recuperação econômica permanece abalada, com expectativas de inflação em alta e crescente insegurança no cenário global.

Mercado Aliviado, mas Econmistas Preocupados

O mercado financeiro encerrou o dia em alta, após o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciar uma pausa de 90 dias na cobrança de tarifas para países que não retaliaram na guerra comercial. Porém, a medida não se aplica à China, que receberá um aumento nas tarifas, de 104% para 125%.

Trump indicou que haverá negociações tarifárias com a China e mencionou a expectativa de um acordo: "Um acordo será alcançado com a China."

Economistas expressaram preocupações sobre a abordagem de Trump. Larry Summers, ex-secretário do Tesouro, criticou sua estratégia, comparando-a a "uma república das bananas" e alertando para os riscos de um choque econômico similar às crises do petróleo nos anos 1970. Ele destacou a perda de credibilidade dos EUA: "Estamos longe de sair da crise."

O economista Omair Sharif afirmou que o aumento nas tarifas sobre a China anula o alívio dado a outros países e prevê uma elevação da inflação mesmo com a desaceleração econômica.

A economista-chefe da KPMG, Diane Swonk, expressou frustração com a situação: "O dano está feito. O alívio do mercado é uma falsa sensação, a menos que o governo faça uma correção de rota significativa." Ela acrescentou que "a incerteza é, por si só, um imposto sobre a economia."

Fontes: AFP e Bloomberg

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