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Dados pessoais são armas poderosas para qualquer governo

Governo Lula implementa mensagens personalizadas via WhatsApp para reverter queda de popularidade, mas enfrenta críticas e questionamentos sobre conformidade com a LGPD. O uso do CadÚnico como base de dados gera polêmica e preocupação com a privacidade dos cidadãos.

Jornalista Vera Rosa relata plano do governo Lula para enviar mensagens personalizadas via WhatsApp, afirmando que o uso de dados respeita a LGPD (Lei de Proteção de Dados Pessoais).

A estratégia visa que ministérios transmitam informações diretas à população, inspirada na prefeitura de Recife.

A abordagem busca atrair eleitores de 1 a 2 salários mínimos que se beneficiam de programas sociais, mas não se sentem incluídos nas iniciativas do governo federal.

Ministérios da Saúde, Educação e Desenvolvimento Social já utilizam o modelo de microtarget. Dados do Cadastro Único e DataSUS são utilizados neste processo.

O plano emerge em um contexto onde 60% dos entrevistados desconhecem propostas do governo, conforme pesquisa Genial/Quaest.

A oposição reagiu; o partido Novo solicitou ao TCU a suspensão do CadÚnico por violação da LGPD.

O CadÚnico é essencial para Lula retomar popularidade, mas o Secom adverte a importância da comunicação efetiva.

Entretanto, a tática precisa de cautela. A LGPD exige consentimento e transparência na coleta de dados, aspectos que o governo ainda não detalhou completamente.

Historicamente, o acesso a bases públicas é controverso; tentativas anteriores de modificar a inclusão do setor público na LGPD não prosperaram.

Adicionalmente, um ex-integrante da campanha privada de Bolsonaro revelou o uso de dados sigilosos, indicando um interesse crescente de diversas partes na exploração dessas informações.

É crucial monitorar esse cenário, garantindo que o uso de dados não seja uma arma eleitoral abusiva.

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