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Da carne aos grãos: guerra comercial é uma benção para Brasil e Argentina

Nações sul-americanas aproveitam a guerra comercial entre EUA e China para expandir suas exportações agrícolas. O aumento na demanda por carne e grãos oferece oportunidades únicas para Brasil e Argentina no mercado global.

Paises sul-americanos estão se destacando na guerra comercial global, desestabilizando mercados agrícolas.

As tensões entre EUA e China criaram uma oportunidade para que nações sul-americanas aumentem suas exportações de produtos como carne e grãos.

A nova oportunidade se concentra na carne. As tarifas dos EUA sobre 8 dos 10 maiores compradores de carne bovina reconfiguraram os fluxos comerciais, aumentando as exportações de carne bovina do Brasil para mercados "halal", como Argélia e Turquia.

O Japão, segundo maior cliente de carne bovina dos EUA, está em negociações com o Brasil para comprar carne mais barata.

A guerra comercial pode levar outros compradores internacionais a escolher fornecedores de menor custo, especialmente o Brasil, segundo o analista Guilherme Jank.

A mudança na política chinesa está impulsionando as exportações brasileiras e argentinas, como visto na grande compra de soja do Brasil e no acordo para reiniciar embarques de aves da Argentina.

As negociações para um acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia também estão avançando.

  • Produtores de sorgo da Argentina podem se beneficiar de preços mais altos devido à escassez de fornecedores.

Se as restrições comerciais persistirem até o outono, produtores sul-americanos poderão oferecer suprimentos alternativos, conforme prevê Ivo Sarjanovic.

A volatilidade dos preços nos mercados agrícolas permanece um risco. Uma recessão global pode diminuir a demanda, mas Jank acredita que mercados importadores preferirão carne barata.

©2025 Bloomberg L.P.

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