CVM suspende assembleia que votaria fusão Marfrig-BRF
Suspensão ocorre após acionista minoritária contestar a fusão, que pretendia unir duas gigantes do setor alimentício. O projeto visava criar um novo grupo forte no mercado internacional de proteínas, com sinergias de R$ 805 milhões.
A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) suspendeu a assembleia que votaria a fusão entre Marfrig e BRF, após representação da Latache Capital, acionista minoritária da BRF.
A fusão, anunciada em 15 de maio, estaria sujeita à aprovação dos acionistas de ambas as companhias. A informação foi divulgada pelo jornal O Globo em 16 de junho de 2025.
A operação, que não envolve dinheiro, prevê que acionistas da BRF (exceto a Marfrig) receberão 0,8521 ação da Marfrig para cada 1 ação da BRF.
- A fusão gera sinergias comerciais e logísticas estimadas em R$ 805 milhões.
- A BRF distribuirá R$ 3,5 bilhões em dividendos.
- A Marfrig pagará R$ 2,5 bilhões.
A nova empresa, chamada de MBRF Global Foods Company, terá presença significativa nos mercados de proteínas, incluindo aves e bovinos, tanto nacional quanto internacional.
A estrutura societária será semelhante à da JBS, agrupando diversas operações sob uma única holding.
Essa movimentação é parte de uma estratégia de 4 anos de Marcos Molina, que ampliou sua participação na BRF a preços considerados baixos pelo mercado. A Marfrig já possui 50,49% de participação na dona da Sadia.
A estratégia mostrou resultados positivos, com a BRF se beneficiando da recuperação do setor de frango, melhorando seus resultados financeiros e aumentando a expectativa de dividendos.