CVM avalia adequação a normas globais para relatórios de sustentabilidade
CVM assume papel de liderança na sustentabilidade, destacando a vocação do Brasil para a economia verde. A autarquia avalia a adoção de padrões globais enquanto busca engajamento efetivo das companhias brasileiras.
Presidente da CVM, João Pedro Nascimento, destaca papel do Brasil na economia verde
Nesta terça-feira (3), durante a abertura do II Fórum de Sustentabilidade do Comitê Brasileiro de Pronunciamentos Sustentáveis (CBPS), Nascimento afirmou que a CVM assumiu um papel importante na discussão sobre sustentabilidade, embora não seja um regulador ambiental.
Ele enfatizou a necessidade de um "freio de arrumação" para compreender o posicionamento global sobre o tema.
O Brasil, segundo Nascimento, possui uma vocação natural para liderar a economia verde, utilizando, predominantemente, fontes energéticas renováveis e atuando em setores importantes como energia e agronegócio.
Em outubro de 2023, a CVM tornou-se o primeiro regulador mundial a implementar os padrões do ISSB com a Resolução CVM 193, recomendando a adoção voluntária das normas a partir de 1º de janeiro de 2024 e tornando-a obrigatória em 1º de janeiro de 2026.
- Apenas duas empresas adotaram voluntariamente as normas até agora: Vale e Renner.
- Nascimento salvaguardou que a CVM está coletando subsídios para avaliar o avanço da adoção dos padrões.
Ele mencionou também a discussão internacional sobre regras de proporcionalidade, que exige compromissos mais rigorosos de grandes emissores e mantém o caráter voluntário para pequenos e médios emissores.
O presidente reiterou a importância de entender a agenda global e posicionar o Brasil adequadamente nesse contexto. "Fazemos isso para colocar o Brasil na primeira prateleira dos temas relacionados à economia verde", concluiu.