Custos com habitação geram crise e fuga de moradores para o interior do Canadá
A crise imobiliária no Canadá força a migração de moradores de Vancouver para Chilliwack, em busca de habitação mais acessível. Eleitores se mobilizam nas eleições nacionais, com promessas de alívio fiscal em meio ao aumento dos custos de vida.
Janet Robertson foi despejada de seu apartamento em Vancouver após 20 anos e não conseguiu encontrar opções acessíveis nos subúrbios. Finalmente, alugou em Chilliwack, a cerca de 95 km de Vancouver.
Chilliwack, antes menosprezada, agora atrai moradores de Vancouver que buscam habitação mais barata. Os preços crescentes em centros urbanos como Toronto e Vancouver estão tornando a compra de casas e o aluguel inviáveis para muitos. Em Toronto, o preço médio de uma casa é de 1,4 milhões de dólares canadenses; em Vancouver, aproximadamente 2 milhões.
O aluguel médio em Vancouver é de 2.500 dólares canadenses por mês, exigindo altos salários para ser considerado acessível. Os eleitores, preocupados com a crise habitacional, vão às urnas para as eleições nacionais.
Os líderes dos principais partidos, Mark Carney (Liberal) e Pierre Poilievre (Conservador), prometem alívios fiscais para ajudar os canadenses afetados. Carney, ex-líder de bancos centrais, é visto como preparado para lidar com a crise, enquanto Poilievre culpa o governo Liberal pela falta de prosperidade econômica.
Embora Chilliwack ofereça moradia mais acessível, Robertson ainda enfrenta dificuldades financeiras. Outros moradores, como Gursharan Dhillon e Kirk Jacobsen, também se mudaram em busca de opções mais viáveis. Jacobsen destaca a luta de muitas famílias para manter a estabilidade financeira.
A cidade experimenta um crescimento populacional e econômico, mas também enfrenta desafios, como o fechamento de negócios locais devido ao aumento do aluguel. Ken Popove, prefeito de Chilliwack, observa um aumento nos preços das casas e questiona a acessibilidade.
Alguns residentes, preocupados com a mudança, começam a apoiar os Conservadores, como Shirley Fetterly, que acredita que o governo precisa de mudanças para tornar a vida mais acessível novamente.