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Custo de vida em SP desacelera em abril com alta de 0,43%

Inflação na região metropolitana de São Paulo desacelera, mas ainda é elevada com acumulado anual de 6,13%. Alimentos e medicamentos continuam a pressionar o custo de vida, especialmente para as classes menos favorecidas.

Custo de vida na região metropolitana de São Paulo teve alta de 0,43% em abril, mostrando desaceleração em comparação aos meses anteriores.

Dados da pesquisa Custo de Vida por Classe Social, da FecomercioSP, revelam que o acumulado em 12 meses está em 6,13%.

No 1º quadrimestre de 2025, a inflação acumulada atinge 2,33%. A pressão dos alimentos no último trimestre de 2024 foi significativa, com alimentos e bebidas subindo 0,6% em abril.

Os produtos que mais encareceram foram:

  • Tomate: +19,86%
  • Batata-inglesa: +8,39%
  • Cebola: +4,98%

No acumulado anual, o grupo de alimentação e bebidas teve inflação de 8,63%, o maior desde fevereiro de 2023. Em 2025, a alta já é de 2,39%.

Destaques de aumento nos alimentos em um ano:

  • Café moído: +65,36%
  • Alho: +21,52%
  • Brócolis: +12,11%

A elevação no custo de vida também ficou evidente no reajuste dos medicamentos, que teve teto de 5,06%. Principais aumentos:

  • Anti-inflamatórios e antirreumáticos: +4,1%
  • Hormônios: +2,9%
  • Psicotrópicos e anorexígenos: +2,7%

A Classe E registrou a maior inflação do ano com 6,74%, seguida pela Classe D com 6,73%, enquanto a Classe A teve alta de 5,82%.

Em abril, a Classe A enfrentou um aumento de 0,48%, maior que Classe E com 0,38%, devido ao encarecimento da alimentação fora do domicílio (+0,62%).

Setor de vestuário teve alta de 1,39% com a troca de coleções. Destaques de aumento:

  • Calça masculina: +2,9%
  • Calça feminina: +2,3%
  • Blusas: +2,1%

As despesas pessoais aumentaram 0,91%, com cigarros (+3,6%) e brinquedos (+1,4%).

Dois grupos apresentaram deflação: Educação (-0,06%) e Habitação (-0,05%), mas a habitação pode registrar alta em maio.

A pesquisa da FecomercioSP utiliza dados do IBGE para monitorar as variações de preços na principal região metropolitana do Brasil.

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