Custo de vida em São Paulo desacelera em abril, mas acumulado do ano segue elevado
Inflação na região metropolitana de São Paulo desacelera em abril, mas custos com alimentação e medicamentos ainda influenciam o aumento do custo de vida. Classe E e D continuam a sentir os efeitos mais intensamente, refletindo as dificuldades financeiras das famílias de menor renda.
Inflação em alta na região metropolitana de São Paulo: viver ficou 0,43% mais caro em abril.
A alta representa uma desaceleração em comparação a março (0,59%) e fevereiro (1,23%).
No acumulado de 12 meses, o custo de vida já subiu 6,13%, impulsionado pela inflação dos alimentos no último trimestre do ano passado.
Dados da pesquisa de Custo de Vida por Classe Social indicam:
- Setor de alimentação e bebidas: alta de 0,6% desde março.
- Destaques: tomate (19,86%), batata-inglesa (8,39%) e cebola (4,98%).
- No acumulado de 12 meses: aumento de 8,63%.
Guilherme Dietze, da FecomercioSP, prevê queda nos preços dos alimentos em dois a três meses.
Medicamentos também impactaram o custo, com reajuste de até 5,06%. Principais produtos afetados: anti-inflamatórios (4,1%) e hormônios (2,9%).
Vestuário subiu 1,39% em abril, com calças masculinas (+2,9%) e femininas (+2,3%).
Despesas pessoais: alta de 0,91%, destacando aumentos em cigarros (3,6%) e brinquedos (1,4%).
Apenas educação (-0,06%) e habitação (-0,05%) apresentaram quedas.
No recorte por classe social:
- Classe E: 6,74% de variação acumulada.
- Classe D: 6,73%.
- Classe A: 5,82%.
Famílias de Classe A sentiram aumento de 0,48% em abril, maior que Classe E (0,38%).
Fatores: encarecimento da alimentação fora de casa e falta de mão de obra no setor.