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Cúpula da Celac dá recado a Trump em declaração final sem Nicarágua, Paraguai e Argentina

Cúpula da Celac em Honduras revela tensões entre membros, com deliberações sobre gênero e críticas veladas a Donald Trump. Lula defende a superação do consenso restritivo para fortalecer a integração latino-americana.

Surpresas na Cúpula da Celac

A declaração final da cúpula da Celac, divulgada em 9 de agosto, incluiu menções a gênero e um recado a Donald Trump. O texto rechaça "medidas coercitivas unilaterais" que afetam o comércio internacional, referindo-se ao recente tarifaço do presidente americano.

Uma das prioridades da Colômbia, futura presidente do grupo, será a igualdade de gênero. A surpresa foi a ausência de menções a divergências, algo incomum no atual contexto político fragmentado da região.

O chanceler hondurenho Enrique Reina revelou que Argentina, Paraguai e Nicarágua não aderiram ao documento, evidenciando a dificuldade de consenso entre os 33 países-membros.

As divergências persistem: a Argentina de Javier Milei e o Paraguai de Santiago Peña rejeitam menções a gênero, enquanto a Nicarágua critica frequentemente os EUA. O presidente Lula abordou a necessidade de uma nova abordagem nas negociações e afirmou que o consenso não deve servir como veto.

Segundo Lula, "é mais democrático assinar o documento e deixar claro quais países não concordaram".

A cúpula, apesar das tensões, é vista como uma vitória pelo retorno do Brasil à Celac e a continuidade da integração latino-americana após um hiato de reuniões entre 2018 e 2020.

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