Cristina Kirchner convoca apoiadores a se mobilizarem diante de risco de prisão
Cristina Kirchner mobiliza apoiadores contra possível prisão e acusa tribunal de ser "guarda pretoriana do poder econômico". Em meio a incertezas jurídicas, ela reforça a importância da unidade do peronismo para garantir sua candidatura e preservar a democracia no país.
Ex-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, convocou apoiadores em 9 de outubro para se organizarem frente a uma possível prisão, alegando ser alvo de perseguição judicial para torná-la inelegível.
Kirchner, que já foi condenada a seis anos de prisão e inabilitação política por corrupção, aguarda decisão da Suprema Corte sobre um recurso de sua defesa.
Centenas de militantes peronistas se reuniram em frente à sede do Partido Justicialista (PJ), e Kirchner, presidente do partido, pediu unidade política para garantir a vitória. "Não importa quem seja o primeiro, mas sim a unidade," disse.
Aos 72 anos, ela anunciou que concorrerá por uma vaga no terceiro distrito eleitoral da província de Buenos Aires, onde o peronismo é forte. Se eleita, terá imunidade durante seu mandato.
Kirchner sugeriu que a Suprema Corte acelerará sua decisão para barrar sua candidatura. Criticou o governo do ultraliberal Javier Milei e a atual situação econômica, afirmando que sua prisão seria um "certificado de dignidade".
Centenas de apoiadores expressaram indignação e prometem protestar caso sua inelegibilidade seja confirmada. Kirchner, em seu discurso, questionou se a prisão resolveria os problemas do país e enfatizou a necessidade de militância e solidariedade.
A ministra da Segurança, Patricia Bullrich, defendeu que não há processo para torná-la inelegível e que o caso judicial já dura 17 anos. Sindicatos ameaçaram ações caso Kirchner seja retirada da disputa política.