Cristina Kirchner condenada à prisão: 5 pontos da decisão da Suprema Corte argentina
Decisão da Suprema Corte argentina afeta diretamente a trajetória política de Cristina Kirchner, que não poderá mais se candidatar. O impacto de sua condenação nas próximas eleições e no cenário político do país é incerto, mas a ausência da ex-presidente certamente deixará um vazio significativo na oposição.
Decisão da Suprema Corte da Argentina: A corte manteve a pena de seis anos de prisão domiciliar e a inelegibilidade vitalícia de Cristina Fernández de Kirchner, ex-presidente e principal oponente do presidente Javier Milei.
Motivo da condenação: Cristina foi condenada por administração fraudulenta em detrimento do Estado durante seus mandatos (2007-2015). Ela foi considerada culpada no Caso Vialidad, relacionado a obras públicas na província de Santa Cruz.
- A empresa Austral Construcciones, associada a Kirchner, ganhou 79% das licitações rodoviárias, mas apenas duas das 51 obras foram concluídas a tempo.
- Lesão ao Estado acima de US$ 1 bilhão devido a superfaturamentos foram identificadas.
Defesa de Kirchner: Ela nega as acusações, alegando ser vítima de lawfare e uma perseguição política semelhante a outros líderes latino-americanos. Também afirma que as licitações foram geridas por diversos órgãos e que os orçamentos foram aprovados pelo Congresso.
Próximos passos: Kirchner terá cinco dias para se apresentar à corte. Com 72 anos, ela pode solicitar prisão domiciliar. Impedida de cargos públicos vitaliciamente, ela não poderá se candidatar nas próximas eleições.
Repercussões: Seus apoiadores denunciam que a condenação visa excluí-la politicamente, enquanto detratores veem isso como um passo em direção à transparência. A CGT e outros sindicatos ameaçaram greves se ela for presa.
Impacto nas eleições: A ausência de Kirchner nas eleições de meio de mandato (setembro e outubro) pode beneficiar Axel Kicillof, seu rival interno. Especialistas acreditam que isso não alterará significativamente a dinâmica política do peronismo.