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Crise política aumenta incerteza com dólar no 'dia D' da sobretaxa de 50% de Trump

A incerteza sobre a taxa de câmbio brasileira cresce com a ameaça de sobretaxa de Trump, enquanto o governo Lula busca formas de mitigar impactos. A volatilidade no mercado se intensifica, refletindo retornos negativos para a economia e a política interna.

Crise política e comercial entre Brasil e EUA provoca incertezas sobre o câmbio

A ameaça do presidente dos EUA, Donald Trump, de sobretaxar em 50% as exportações brasileiras gera incertezas, especialmente com a aproximação do dia 1º de agosto.

Após a reunião, o dólar fechou em R$ 5,44. Em seguida, subiu para R$ 5,589, mas voltou a cair para R$ 5,55, sem resposta imediata do Brasil.

O desfecho mudou na sexta-feira (18), quando o STF impôs tornozeleira eletrônica ao ex-presidente Jair Bolsonaro. O dólar então subiu 0,75%, fechando em R$ 5,58.

Monitorando a tensão política, o presidente Lula criou um comitê liderado por Geraldo Alckmin para evitar o tarifaço, mas sem diálogo com os EUA.

Uma autoridade econômica admitiu que, se as sobretaxas forem confirmadas, o dólar pode subir más. Um aumento de R$ 0,20 já afetaria o câmbio, desfazendo parte da valorização do real.

O governo prevê uma alta rápida no câmbio, porém, um ciclo curto de volatilidade. A movimentação é vista como estratégia de arbitragem, não refletindo o câmbio futuro.

A avaliação é positiva em relação a investimentos no Brasil, devido ao diferencial de juros e à apreciação do real no último trimestre.

O ex-diretor do Banco Central, Fabio Kanczuk, comentou que as exportações brasileiras para os EUA representam menos de 2% do PIB, prevendo um impacto de 0,3% a 0,4% na economia.

O economista Nilson Teixeira afirmara que a inflação nos EUA deve aumentar, mas, a longo prazo, o real poderá se valorizar, criticando a falta de diplomacia do Brasil.

Segundo Dalton Gardiman, a situação interrompeu a valorização do real. Ele acredita que Trump possa voltar atrás, um fenômeno chamado Taco Trade.

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