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Crise no INSS pressiona governo Lula e põe futuro de Carlos Lupi em xeque

Escândalo de fraudes no INSS gera pressão sobre ministro da Previdência, ameaçando a governabilidade. Governo tenta minimizar danos políticos e financeiros às vésperas do 1º de Maio.

Governo Lula enfrenta crise por fraudes no INSS

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lida com um grande escândalo de fraudes no INSS, envolvendo descontos indevidos em benefícios de aposentados e pensionistas. As irregularidades podem ter gerado prejuízos de mais de R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024.

O ministro da Previdência, Carlos Lupi (PDT), está no centro da crise, após a operação da Polícia Federal que resultou no afastamento da cúpula do INSS, incluindo o ex-presidente Alessandro Stefanutto, indicado por Lupi.

Embora os contratos suspeitos sejam do governo anterior, o governo atual é criticado por falhas de fiscalização e a demora em ações corretivas. Lupi foi alertado sobre as irregularidades em junho de 2023, mas ações só foram tomadas em março de 2024.

A pressão para a saída de Lupi cresce, dividindo o governo: um lado teme desgaste político; o outro teme a perda da aliança com o PDT, que pode sair da coalizão. Lupi prestou esclarecimentos sobre a crise em uma audiência na Comissão de Previdência da Câmara.

A Controladoria-Geral da União (CGU) suspendeu descontos realizados por associações e prometeu devolver valores já em maio. O governo busca contornar os danos políticos, enquanto Lula evita se posicionar sobre o futuro de Lupi.

Aliados do ministro defendem que ele é um “bode expiatório” e que há receio de novas revelações da investigação. O tratamento recebido por Lupi é visto como um sinal de desprestígio do PDT nas articulações do governo, especialmente às vésperas do 1º de Maio, uma data sensível para centrais sindicais e aposentados.

A expectativa agora é sobre os próximos passos de Lula para equilibrar a aliança política e a imagem pública.

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