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Crise entre Brasil e EUA se agrava após operação contra Bolsonaro e revogação de visto de Moraes

Governo brasileiro vê revogação do visto como retaliação e ameaça à soberania nacional. Medidas dos EUA geram preocupações sobre futuras sanções e impacto nas relações diplomáticas.

Revogação de visto de Alexandre de Moraes

A decisão dos Estados Unidos de revogar o visto do ministro Alexandre de Moraes do STF exacerbou as tensões diplomáticas entre Brasil e Washington. O episódio, ocorrido no dia 18, provocou forte reação do governo brasileiro.

O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, alegou que Moraes estaria promovendo uma “caça às bruxas política” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e violando princípios de liberdade de expressão. A decisão atinge Moraes, seus familiares e aliados na Corte.

Analisando o contexto, no mesmo dia em que os EUA agiram, Moraes impôs ao ex-presidente restrições como uso de tornozeleira eletrônica e proibições de contato com diplomatas, a pedido da Procuradoria-Geral da República.

A ministra Gleisi Hoffmann chamou a decisão de “retaliação agressiva” e acusou Eduardo Bolsonaro de articular ataques às instituições brasileiras. O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, destacou a tentativa de interferência na soberania brasileira.

O advogado-geral da União, Jorge Messias, defendeu a independência do STF, afirmando que o Judiciário não deve sofrer assédios políticos externos.

O governo Luiz Inácio Lula da Silva vê a ação como um movimento de aliados bolsonaristas visando intimidar o Judiciário. Há preocupaçõe sobre novas sanções, possivelmente baseadas na Lei Magnitsky.

O clima de tensão levanta receios sobre possíveis afetos nas relações econômicas e cooperações entre os dois países. O Itamaraty ainda não se manifestou oficialmente, mas assessores de Lula expressam preocupações nos bastidores.

A crise indica um enfraquecimento do diálogo bilateral e questiona a eficácia dos canais diplomáticos tradicionais.

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