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Crise econômica deixa Venezuela mais próxima de mudança, diz pesquisadora que elaborou plano da oposição

A economista Sary Levy destaca a deterioração institucional da Venezuela sob o regime chavista e aponta a crescente rejeição popular como um sinal de possível mudança. Ela critica as práticas distorcidas de medição do desemprego e propõe a volta do crescimento através da iniciativa privada.

A economista Sary Levy afirmou que a Venezuela está mais próxima de uma ruptura com o regime chavista do que de uma continuidade.

Levy, que foi responsável pelo plano econômico da opositora Maria Corina Machado, destacou que o candidato Edmundo González Urrutia assumiu a chapa após Machado ser proibida de concorrer nas eleições de 2024. A votação foi marcada por controvérsias, com os chavistas não apresentando as atas das urnas.

Recentemente, Sary Levy compartilhou suas ideias em São Paulo, onde falou sobre o seu índice de burocracia dos países latino-americanos. Com uma carreira na Universidad Central de Caracas, ela começou estudando macroeconomia, mas mudou seu foco para o desenvolvimento institucional.

Levy ressaltou a deterioração institucional na Venezuela, evidenciada por dados que ocultavam a real taxa de desemprego, manipulando informações sobre beneficiários sociais. Após se aposentar em 2016, ela passou a influenciar discussões econômicas e se uniu a grupos de oposição como o Vente Venezuela.

O plano de governo proposto visava a recuperação dos setores tradicionais, como óleo e gás, aumentando a participação da iniciativa privada. Levy enfatizou a necessidade de uma mudança de regime para evitar uma situação de empobrecimento crescente.

Com a reimposição de sanções por Donald Trump, a inflação na Venezuela deverá chegar a 200% este ano. Levy observou que, apesar de um crescimento temporário ligado à presença da Chevron, a diferença entre o câmbio oficial e o paralelo já é de 35%.

Ela acredita que a infraestrutura existente poderia impulsionar um crescimento rápido se houver uma mudança de governo. Caso contrário, o futuro do país se revela incerto, com uma rejeição popular crescente ao status quo atual.

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