Crise da gripe aviária no Brasil: o que se sabe até o momento?

Brasil confirma primeiro foco de gripe aviária no plantel comercial em Montenegro (RS) em 16 de setembro. Caso provoca turbulência no setor de carne de aves e suspensão de exportações.

Na segunda-feira, 19, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, anunciou que o Brasil pode recuperar o status de livre de gripe aviária se não houver novos casos em 28 dias.

Investigações estão sendo realizadas em outros estados, como Santa Catarina e Tocantins, enquanto estados reforçam ações de prevenção. Goiás decretou estado de emergência zoossanitária.

O Brasil é o maior produtor e exportador de frango mundial, com 35% do comércio global. Em 2024, exportou 5,157 milhões de toneladas de frango, gerando US$ 9,742 bilhões.

Questões sobre o consumo de carne de frango surgem devido a possíveis contaminações, mas, segundo a SBIm, não há motivos para evitar o consumo de ovos ou carne, desde que bem cozidos.

A gripe aviária, causada pelo vírus influenza tipo A, é altamente contagiosa entre aves. O subtipo H5N1 é o principal responsável pelos surtos recentes. O Brasil registra casos em Montenegro e Sapucaia do Sul, com investigações em Sabará (MG), Salitre (CE), Aguiarnópolis (TO) e Ipumirim (SC).

• Desde abril, foram realizadas 59 investigações, com 16 casos prováveis.
• Total de 164 casos em animais silvestres no país.
• Suspensões de exportações para: Reino Unido, Cuba, Bahrein e Japão.

Estimativas indicam uma possível perda de US$ 100 milhões a US$ 200 milhões nas exportações de frango e derivados em um mês. O impacto depende de decisões dos países importadores.

Em relação ao contágio humano, o risco é baixo, mas requer contato direto com aves infectadas. Isabella Ballalai reforça que o consumo de produtos bem cozidos é seguro.