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Criptomoedas ganham espaço com velocidade

Cresce o interesse por criptomoedas, com o bitcoin alcançando valorização de 25% em 2025. A B3 ampliará o horário de negociação de contratos futuros devido à demanda crescente dos investidores.

Críticas às criptomoedas são frequentes, com Paul Krugman chamando o bitcoin de “economicamente inútil”. O CEO do Goldman Sachs, David Solomon, considera o ativo digital uma opção especulativa.

Apesar das críticas, as criptomoedas seguem valorizando. Em março, o presidente dos EUA, Donald Trump, criou uma reserva estratégica de bitcoin. Em julho, o criptoativo alcançou máxima histórica de US$ 119,48 mil, embora tenha registrado uma leve queda, somando cerca de 25% de valorização em 2025.

Alexandre Wolwacz, da Liberta Investimentos, argumenta que não se trata de valorização do bitcoin, mas da desvalorização do dólar. Ele afirma que a emissão excessiva de dinheiro sem lastro gera inflação e reduz o valor das moedas, enquanto a oferta limitada de bitcoin (21 milhões de unidades) impulsiona sua valorização.

Samir Kerbage, da gestora Hashdex, concorda com Wolwacz, ressaltando a redução da volatilidade do bitcoin, o que pode aumentar sua característica de reserva de valor, similar a imóveis e joias.

José Mograbi, trader, acredita que é difícil o bitcoin substituir o ouro como reserva nacional, dado que em crises as pessoas tendem a vender ativos mais líquidos primeiro. Ele recorda a rápida queda do bitcoin em 2020 durante a pandemia.

O interesse por criptomoedas cresce, a ponto de a B3 ampliar o horário de negociação dos contratos futuros de bitcoin, ether e solana. Marcos Skystimas, da B3, observa que as negociações diárias superam R$ 5 bilhões, crescendo rapidamente, maior que o mercado de dólar spot.

A B3 planeja novos produtos para atrair um público jovem, que valoriza a segurança de seus ativos.

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