Criação de unidade de conservação no Amapá não impede exploração da Margem Equatorial, diz Marina Silva
Ministra garante que criação da unidade de conservação marinha não comprometerá exploração de petróleo na Margem Equatorial. Ela destaca que a proteção da biodiversidade pode coexistir com investimentos em energia na região.
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, declarou que a proposta de criação da unidade de conservação marinha na Margem Equatorial não irá impedir a exploração de petróleo na região do Amapá.
A Petrobras pediu licença para perfurar um bloco na área, e a ministra garantiu: "Esses esforços não incidem sobre os blocos de petróleo."
Marina foi questionada na Comissão de Infraestrutura do Senado sobre os impactos econômicos. Ela respondeu que oleodutos, gasodutos e portos não serão impedidos pela criação da unidade de conservação.
Ela enfatizou que os estudos para essa unidade começaram em 2005 e não visam inviabilizar empreendimentos. O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) planeja criar uma unidade de conservação de 35 milhões de hectares, a maior do país, que se estenderá da fronteira do Amapá com a Guiana Francesa até o Piauí com o Ceará.
O objetivo é proteger comunidades pesqueiras ameaçadas pela pesca predatória. O Amapá tem cerca de 24 mil pescadores artesanais, e as áreas abrangem regiões marinhas e manguezais.
Marina Silva destacou a distância das áreas de pesquisa de petróleo da nova unidade, reforçando que não haverá impedimentos. O Ibama aprovou o Plano de Proteção e Atendimento à Fauna Oleada da Petrobras, permitindo vistorias na Margem Equatorial, considerada a última etapa do licenciamento para a perfuração.