Crescimento do e-commerce faz oferta de galpões logísticos mais que dobrar em 5 anos
O crescimento do e-commerce impulsiona a demanda por galpões logísticos no Brasil, refletindo no aumento da construção desses empreendimentos. Com a taxa de vacância em mínimo histórico, grandes empresas buscam se instalar em áreas estratégicas para otimizar suas operações.
Avanço do e-commerce: O Brasil registra um crescimento de 10,5% em 2024, com faturamento de R$ 204,3 bilhões, impactando positivamente condomínios logísticos.
Oferta em expansão: Nos últimos cinco anos, a oferta anual de condomínios logísticos mais que dobrou, com previsão de 2,9 milhões de m² para 2025. A taxa de vacância atinge 7,9%, o menor histórico.
Investimentos da BTG: A BTG Asset lançou um novo fundo de logística, captando R$ 1 bilhão para um galpão em Cajamar, São Paulo, com foco em rentabilidade de IPCA + 9% ao ano. A BTG possui 59 ativos somando 3 milhões de m².
Disputa no setor: O Mercado Livre ocupa 1,6 milhão de m² e será inquilino do novo galpão em Cajamar. A Shopee já consolidou 1 milhão de m² em operações no Brasil.
Investimentos em retrofits: A Goodman investe em galpões logísticos e em retrofits, como a revitalização de uma antiga fábrica da Rhodia em Santo André.
Crescimento de data centers: A Engemon prevê R$ 1 bilhão em investimentos em seis novos data centers em breve. A expectativa de crescimento do setor no Brasil é de até 15% ao ano.
Concentração em São Paulo: São Paulo concentra 51% dos condomínios logísticos. Em Cajamar, há 4 milhões de m², superando a Colômbia.
Desafios: Juros altos impactam o setor. A previsão de novos galpões para 2025 poderá enfrentar desafios de funding devido a custos elevados.
Tendências: Apesar da economia, o setor deve continuar crescendo com a demanda. "Onde houver PIB, haverá galpão logístico", afirma Wurman, do BTG.