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Crescimento acima do projetado não foi suficiente para melhorar a dinâmica da dívida, diz Moody’s

Moody's reavalia perspectiva de rating do Brasil devido à rigidez orçamentária e alta dívida pública. Economistas sinalizam que crescimento da economia não é suficiente para aliviar preocupações fiscais.

Crescimento da economia brasileira supera projeções, mas não melhora a trajetória da dívida pública. A Moody's reavaliou a perspectiva do rating ‘Ba1’ do Brasil, de “positiva” para “estável”, devido à rigidez orçamentária.

A Moody's ressaltou que, apesar do crescimento, uma grande parte do déficit está relacionada ao pagamento de juros, limitando a flexibilidade fiscal do governo. A relação dívida/PIB deve alcançar 88% nos próximos anos devido aos altos custos de empréstimos.

Fernando Honorato Barbosa, do Bradesco, destacou que as surpresas de crescimento não aliviavam os preços dos ativos financeiros por conta das preocupações fiscais. Ele também observou que a diferença entre as projeções econômicas e o crescimento real se aproxima de 8 pontos percentuais do PIB.

Honorato acredita que o Banco Central terá dificuldades para cumprir a meta de inflação sem suporte fiscal, sugerindo que os juros reais em 9% são suficientes para alinhar a inflação à meta em 12 a 18 meses.

Zeina Latif, da Gibraltar Consulting, acredita que a situação fiscal será manejável em 2025, mas problemas se intensificarão em 2024, quando o governo enfrentará um rombo de R$ 100 bilhões. Ela enfatizou a importância de um debate fiscal robusto durante a campanha eleitoral, onde o próximo presidente precisará negociar reformas estruturais.

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