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Cresce a disputa por celular ‘premium’

Marcas de celulares no Brasil intensificam investimentos em modelos premium diante de um mercado amadurecido e em queda nas vendas. A crescente oferta de dispositivos avançados reflete o desejo do consumidor por tecnologia e design, mas também aponta desafios com a concorrência de aparelhos contrabandeados.

Marcas de celulares no Brasil. No quarto maior mercado de celulares do mundo, marcas como Samsung e Motorola, além de novas concorrentes como Jovi, Realme e Oppo, apostam em aparelhos premium para atender o desejo do consumidor brasileiro por tecnologia avançada e design interessante.

O foco em dispositivos premium surge em meio ao recuo nas vendas em unidades. Em 2025, as vendas devem cair para 37,3 milhões de aparelhos, representando 6,9% a menos do que em 2024. Em 2023, o total foi de 40,1 milhões com alta de 4,7%.

O preço médio de venda no primeiro trimestre de 2025 foi de R$ 3.009, um aumento de 85,2% em relação ao ano anterior. Fatores como a desvalorização do real e o aumento de aparelhos contrabandeados, que podem representar 14% das vendas, impactam a receita e geram preocupação. A evasão fiscal pode alcançar R$ 3,5 bilhões este ano.

A Motorola, por exemplo, está buscando se diferenciar através de parcerias no mercado de luxo. A nova linha de celulares dobráveis Razr 60 traz inovações como revestimentos especiais e acessórios de marcas renomadas. A receita do setor cresceu 10% de janeiro a maio.

A nova marca Jovi, da Vivo Mobile, estreia com dois modelos 5G custando de R$ 3.199 a R$ 4.999. A empresa vê o Brasil como mercado estratégico, focando em tecnologia e design.

As marcas Oppo e Realme também investem em produção local e um portfólio robusto, incluindo modelos premium. A Oppo planeja trazer a linha Find X em parceria com a Hasselblad.

A Xiaomi, por sua vez, não planeja parcerias locais, mas foca na expansão do portfólio, ressaltando que o smartphone continua sendo um objeto de desejo para os consumidores.

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