Credores da Braskem ainda estão céticos em relação à proposta de Tanure, dizem fontes
Credores da Braskem demonstram ceticismo em relação à proposta de compra de Nelson Tanure. Eles preferem seguir com um plano de reestruturação já em andamento para recuperar o valor da empresa.
Proposta de Nelson Tanure para controlar a Braskem enfrenta ceticismo do governo federal e de bancos credores.
Fontes afirmam que os credores preferem reestruturar a empresa e vender as ações dadas como garantia, ao invés de aceitar a oferta de Tanure.
Os bancos foram surpreendidos pela proposta e ainda não se reuniram com o empresário. Tanure, por sua vez, se encontrou com a direção dos bancos, mas sem fornecer detalhes.
Recentemente, Tanure fez uma oferta pela participação da Novonor na Braskem, mas os detalhes financeiros não foram divulgados. O empresário declarou estar comprometido com um investimento de longo prazo na companhia.
Antes da proposta de Tanure, credores, incluindo o BNDES, discutiam com empresas como Geribá Investimentos e IG4 Capital para reestruturar a Braskem e aumentar seu valor de mercado.
Os bancos ainda não firmaram contratos com as firmas de investimento consideradas e permanecem abertos a explorar novas opções.
A Novonor, ex-Odebrecht, busca vender sua participação na Braskem após colocar ações como garantia de R$15 bilhões em dívidas. Hoje, essas ações valem menos de um terço do montante devido.
Na sexta-feira, a Novonor confirmou a proposta não vinculante de Tanure, que depende da conclusão das negociações com os bancos credores e das obrigações com a Petrobras, segunda maior acionista da Braskem.