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Credores aprovam recuperação judicial da Eataly, que prevê virar delivery e entregar imóvel no Itaim

Eataly Brasil busca recuperação judicial com plano de mudança e operação de delivery. A proposta inclui a saída da sede atual e redução de custos para enfrentar dívidas acumuladas.

A maioria dos credores da Eataly Brasil aprovou, nesta terça-feira, o plano de recuperação judicial da marca, que acumula dívidas de R$ 51 milhões.

A proposta, discutida em assembleia, inclui:

  • Saída da sede atual em São Paulo;
  • Operação por 12 meses no formato de dark kitchen, focada em delivery.

A ata da assembleia será protocolada no processo na 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) e precisa ser homologada pela Justiça.

A reestruturação prevê mudança do endereço nobre na Avenida Juscelino Kubitscheck, que simboliza a alta gastronomia italiana na cidade. O imóvel, que operava como um mercadão e tinha seis restaurantes, acumula R$ 12 milhões em dívidas de aluguel e IPTU. A nova sede será “significativamente menor” para reduzir custos e aumentar a eficiência operacional.

A mudança dependerá de acordos com a proprietária do imóvel, a Caoa Patrimonial, após disputas judiciais.

Durante os primeiros 12 meses, a Eataly funcionará como uma dark kitchen, atendendo por meio de plataformas de delivery, como iFood e Rappi.

O plano de pagamentos estipula que os credores trabalhistas receberão créditos integralmente, limitados a 150 salários mínimos, em duas parcelas semestrais após a homologação. A assembleia ocorreu em segunda convocação e foi conduzida pela administradora judicial.

A Eataly entrou com pedido de Tutela de Urgência Cautelar no ano passado devido à pressão financeira. Em dezembro, pediu recuperação judicial para suspender ações contra a empresa. A situação se agravou em janeiro, quando perdeu o direito de uso da marca Eataly.

Inaugurada em 2015, a Eataly Brasil enfrentou dificuldades financeiras, acentuadas pela pandemia. Após mudanças de gestão e investimentos, a operação não conseguiu se manter. Recentemente, foi adquirida pela Wings, um fundo de investimentos.

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