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Crédito à produção na construção civil cai 63% no acumulado em 2025

Queda acentuada nos financiamentos de construção revela os desafios enfrentados pelo setor, com alta na compra de imóveis. Apesar da retração no crédito, a construção civil continua a gerar empregos e a contribuir para a economia.

CBIC divulga desempenho da construção civil no 2º trimestre de 2025.

Dados mostram queda de 62,9% no financiamento de construções via SBPE de janeiro a maio deste ano, comparado a 2024.

  • Unidades financiadas: 24.115 em 2025, contra 65.059 em 2024.
  • Valores: recuo de 54,1%, de R$ 15,5 bilhões para R$ 7,1 bilhões.

A economista-chefe, Ieda Vasconcelos, atribui a queda à taxa Selic elevada de 15% e à saída líquida de R$ 49,6 bilhões da Caderneta de Poupança.

Ela ressalta: “O custo do crédito está elevado tanto para compradores quanto para construtores.”

Em contrapartida, o crédito para a compra de imóveis teve alta de 16,4%, com 154 mil unidades financiadas em 2025.

A construção civil alcançou 3 milhões de empregos formais em maio, um recorde desde 2020.

O presidente da CBIC, Renato Correia, defende novas medidas de incentivo ao setor, mesmo com a criação de 149,2 mil novas vagas em 2025, uma queda de 6,7% em relação a 2024.

Salário médio de admissão: R$ 2.436, o mais alto entre todos os setores.

A CBIC mantém a projeção de crescimento do PIB do setor em 2,3% para 2025, respaldada por “inércia de lançamentos anteriores”.

Segundo Ieda Vasconcelos, essa projeção traz “um leve otimismo” diante do cenário atual.

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