CPI: inflação dos EUA fica estável em mês que Trump lançou tarifaço
O índice de preços ao consumidor nos EUA apresenta uma leve alta em abril, após registrar deflação em março. Especialistas destacam que essas flutuações podem impactar as políticas econômicas do governo e a inflação.
Índice de preços ao consumidor (CPI) nos EUA subiu 0,2% em abril, segundo o Escritório de Estatísticas do Trabalho. A inflação acumulada dos últimos 12 meses foi de 2,3%.
O mês representou uma leve aceleração, já que em março houve deflação de 0,1%, com índice anual em 2,4%.
Esses dados refletem os efeitos do "Liberation Day", em 2 de abril, quando o presidente Donald Trump anunciou aumento de tarifas, principalmente para a China.
A alta de 0,2% estava dentro das expectativas do mercado, que antecipava avanço mensal de 0,2% e alta anual de 2,4%, conforme o Wall Street Journal.
O núcleo do CPI, que exclui alimentos e energia, também cresceu 0,2% no mês e 2,8% nos últimos 12 meses.
A meta do Fed é manter a inflação em 2%, com dados de abril do indicador PCE previstos para o fim de maio.
O CPI é crucial para avaliar as políticas de Trump, pois tarifas de importação podem aumentar a inflação e potencialmente causar recessão.
A inflação nos EUA chegou a 9,1% ao ano em junho de 2022, levando o Fed a aumentar os juros por dois anos. As taxas foram cortadas em setembro de 2023, com o atual valor entre 4,25% e 4,5% ao ano.
Os juros altos atraem capital para os EUA, dificultando captações em outros países como o Brasil, e influenciam a queda das taxas de juros brasileiras.