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CPI das Bets tenta sobrevida com prisão de ‘peixe pequeno’, mas lobby pró-apostas esquenta ‘pizza’

CPI das Bets é prorrogada por 45 dias, mas segue sem resultados concretos após 130 dias de investigações. A prisão de um depoente como "laranja" levanta dúvidas sobre a eficácia da comissão em desvendar irregularidades no setor de apostas.

Fim da CPI das Bets do Senado é adiado por 45 dias, com investigação indicando falta de resultados significativos após 130 dias de trabalho.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, formalizou a prorrogação. No último dia antes do adiamento, a CPI prendeu um homem como testemunha, acusado de falso testemunho. Esse homem, Daniel Pardim, é ligado à Peach Blossom, envolvida em apostas ilegais.

Adélia de Jesus Soares, associada à empresa, é investigada por operar apostas ilegais no Brasil. A prisão de Pardim foi criticada por sua defesa, que alegou abuso de autoridade.

Contrários à CPI consideram a ação como um esforço para justificar a falta de resultados, mirando um “peixe pequeno”. Auxiliares da relatora, Soraya Thronicke, afirmam que o esquema pode ter movimentado R$ 2 bilhões em dois anos.

Reuniões da CPI foram esvaziadas e muitas vezes apenas o presidente e a relatora estavam presentes. Senadores da bancada das apostas tentaram barrar investigações sobre quebras de sigilos de casas de apostas.

Com denúncias de um lobista prometendo proteção a empresas de apostas, a credibilidade da CPI foi comprometida. O presidente da CPI, Hiran Gonçalves, relatou a retirada de requerimentos que poderiam investigar a fundo.

Apesar das tensões, Thronicke se comprometeu a entregar um relatório final, afirmando que a CPI foi prejudicada por senadores opositores. Ela planejava convocar influenciadores para discutir apostas ilegais, mas foi barrada pela Justiça.

O atual prazo de extensão de 45 dias é considerado insuficiente por senadores, que pedem mais tempo para apresentar sugestões de mudanças na legislação sobre apostas.

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