CPI das Bets rejeita indiciamento de Virginia Fonseca, Deolane e outras 14 pessoas
CPI das Bets encerra atividades com rejeição de relatório final e críticas sobre falta de foco. Relatora afirma que informações serão encaminhadas a órgãos competentes para investigações criminais.
A CPI das Bets rejeitou o relatório final da senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) por quatro votos a três nesta quinta-feira, 12, marcando o fim da comissão. A CPI enfrentou críticas por falta de foco e lobby das casas de apostas.
Os senadores que votaram contra o relatório foram:
- Angelo Coronel (PSD-BA)
- Eduardo Gomes (PL-TO)
- Efraim Filho (União-PB)
- Dorinha Seabra (União-TO)
A relatora, Soraya, reafirmou que encaminhará as informações para órgãos investigativos, como o Ministério Público Federal. A CPI teve dificuldades para formar quórum e permitiu votação remota.
O senador Eduardo Gomes destacou a necessidade de revisar o funcionamento das CPIs, enquanto Angelo Coronel se declarou favorável ao jogo e criticou o prazo para votação do relatório.
Soraya enfatizou a robustez das evidências que justificaram os 16 indiciamentos propostos, além de sugerir a proibição do jogo do tigrinho e o aumento da taxa de outorga para as apostas. No entanto, a CPI enfrentou forte pressão do lobby das apostas.
O declínio da comissão se intensificou após denúncias de extorsão envolvendo um lobista próximo a Soraya, que se apresentava a empresários do setor. Esse lobista estaria ligado ao senador Ciro Nogueira, que atuou para proteger o empresário envolvido.
A CPI teve início em 12 de novembro de 2024 e foi prorrogada até 14 de junho, mas a relatora não conseguiu nova prorrogação. Durante a votação final, a oposição manobrou para não atingir o quórum mínimo.
O senador Ciro Nogueira, suplente da comissão, não participou da votação.