‘Covardia’, ‘maquiavélica’; defesas de militares negam acusações por plano de golpe
As defesas dos acusados buscam descredibilizar as denúncias da Procuradoria-Geral da República, apresentando as reuniões como eventos informais. Advogados argumentam que as provas devem ser analisadas de forma individual e contestam a legitimidade das acusações apresentadas.
Defesas de denunciados no 'núcleo de ações coercitivas' pedem ao STF que rejeite denúncia da PGR.
Os advogados abandonaram objeções preliminares e focaram nas provas, destacando a delacao de Mauro Cid, que minimizou encontros entre oficiais como "conversas de bar".
Ruyter de Miranda Barcelos argumentou que a delação também serve para defesa, enquanto Cléber Lopes de Oliveira criticou a fragmentação da delação. O encontro foi classificado como uma "confraternização" regular, não como planejamento de golpe.
Marcelo César Cordeiro duvidou da plausibilidade de coronéis influenciar generais, enquanto João Carlos Dalmagro Júnior considerou as imputações como “genéricas”.
Oficiais também são acusados de monitorar autoridades, com o general Estevam Theóphilo sendo identificado como o responsável por planejar ações contra o ministro Alexandre de Moraes.
A Polícia Federal encontrou áudio de Cid sugerindo envolvimento do ex-presidente Jair Bolsonaro na minuta golpista. A defesa de Cid refutou que generais discutiriam planos com ele.
O arquivo "Desenho Op Luneta", encontrado na posse do coronel Hélio Ferreira Lima, detalha o planejamento do golpe. Sua defesa argumenta que o documento é um "cenário prospectivo" e não clandestino.
O tenente-coronel Rodrigo Bezerra de Azevedo foi acusado de uma ação para prender Moraes, mas teve seu depoimento contestado. Wladimir Matos Soares, policial federal, admitiu intenção de violência, mas a defesa negou provas conclusivas de sua ligação com os militares.