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Cotado para ministério, Pedro Lucas destinou R$ 30 mi à cidade governada por seu pai

Deputado destina bilhões em emendas a município administrado por seu pai, levantando suspeitas sobre favorecimento familiar. A situação ocorre em meio a uma crescente demanda por maior transparência no uso de recursos públicos.

Deputado federal Pedro Lucas Fernandes (União Brasil-MA) é cotado para o Ministério das Comunicações, após a saída de Juscelino Filho.

Ele destinou R$ 30,2 milhões em emendas parlamentares ao município de Arame (MA), administrado por seu pai, o ex-deputado Pedro Fernandes.

Os recursos, alocados entre 2020 e 2024, são para obras de pavimentação e infraestrutura urbana, provenientes dos ministérios da Integração e das Cidades. Arame, com apenas 25 mil habitantes, é uma das cidades maranhenses que mais recebeu verbas federais.

Embora não haja ilegalidade nas emendas, a situação levanta questões sobre prioridades e possível favorecimento familiar, especialmente após o STF endurecer as regras de transparência em resposta ao “orçamento secreto”.

Pedro Lucas deve ser oficializado no ministério após o feriado da Páscoa, conforme integrantes do União Brasil. Essa indicação busca manter o espaço do partido na Esplanada dos Ministérios.

Um levantamento do UOL revela que ele foi um dos maiores utilizadores do orçamento secreto durante o governo Jair Bolsonaro, recebendo R$ 104,7 milhões.

Entre 2023 e 2024, Arame recebeu R$ 20 milhões em emendas de comissão de Pedro Lucas e R$ 4,5 milhões em emendas individuais, além de R$ 5,7 milhões via emendas de relator, cuja execução foi suspensa pelo STF por falta de transparência.

O caso reforça as preocupações do STF sobre o uso de recursos públicos como capital político. A Corte exigiu maior transparência sobre autores das indicações e critérios técnicos para repasses a municípios com vínculos familiares.

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