Cortes de Trump ameaçam ajuda a 50 mil refugiados na fronteira com a Venezuela
Suspensão de financiamento dos EUA compromete ações e direitos dos refugiados venezuelanos no Brasil. Com cortes significativos, a Operação Acolhida enfrenta desafios na assistência a milhares de pessoas vulneráveis.
Suspensão de financiamento dos EUA impacta Operação Acolhida no Brasil
A suspensão do financiamento dos Estados Unidos para ações humanitárias, determinada pelo presidente Donald Trump, compromete a Operação Acolhida, ação brasileira para acolhimento de refugiados da Venezuela.
Documentos da Plataforma Nacional R4V Brasil, enviados ao governo Lula em março, detalham que 13 de 34 parcerias tiveram atividades interrompidas. O relatório menciona interrupções significativas e riscos adicionais.
O Acnur informou uma redução de US$ 2,62 milhões em seu orçamento no Brasil. Estoques de itens essenciais devem se esgotar até junho de 2025, afetando cerca de 50 mil pessoas, que terão acesso limitado a serviços de assistência.
O Unicef também reportou uma redução de 60% em sua equipe parceira, impactando serviços de saúde e nutrição. Atendimentos foram reduzidos pela metade nos abrigos de Roraima.
A AVSI Brasil e a Fraternidade sem Fronteiras também cortaram postos de trabalho. O Acnur declarou que 4.000 refugiados estão sem assistência e, até 2025, 17 mil pessoas poderão ser afetadas na busca por emprego e serviços essenciais.
A Casa Civil reconheceu os impactos dos cortes orçamentários, mas garante esforços para manter a operação, que já interiorizou 146.304 imigrantes desde 2018.
Apesar de questionamentos a nível jurídico, os recursos ainda não estão chegando e a Operação Acolhida necessita de US$ 113,42 milhões para 2025, com os EUA sendo o maior doador.