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Cortes de energia reacendem guerra tarifária e ameaça elevar conta de luz

Governo busca solução para compensar perdas de energia com cortes de geração, mas debate sobre tarifas elétricas esquenta. A pressão pode afetar ainda mais os consumidores diante dos prejuízos acumulados de R$ 21 bilhões no setor.

Tentativa do governo de resolver impasse com empresas de energia renovável pode afetar tarifas de energia elétrica.

Medida busca compensar perdas de geração devido a cortes impostos pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

Hidrelétricas também enfrentam perdas operacionais, especialmente por vertimento turbinável. O rombo total pode chegar a R$ 21 bilhões, impactando os consumidores.

Empresas eólicas e solares, como Auren, Serena e Engie, reportam perdas que superam R$ 2 bilhões em 2024, financiadas pelos consumidores através do Encargo de Serviços do Sistema (ESS).

A Abrage aponta que o prejuízo das hidrelétricas é nove vezes maior que o das fontes renováveis.

A presidente da Abeeólica revelou que o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, prometeu criar proposta para ressarcir retroativamente as empresas afetadas.

As estimativas para impacto nas tarifas variam: a Volt Robotics menciona aumento de 0,38%, enquanto a Abeeólica fala em perdas totais superiores a R$ 2 bilhões.

A discussão está acirrada e especialistas falam em uma "guerra tarifária" sobre quem deve arcar com as perdas no sistema elétrico.

Para Luiz Barroso, os cortes por confiabilidade devem ser repassados ao consumidor, enquanto os cortes por falta de demanda estão sob responsabilidade do gerador.

A falta de transparência do ONS em determinar cortes é criticada por diversas empresas do setor, que pedem regras claras sobre prioridades nos desligamentos.

O Ministério de Minas e Energia formou um Grupo de Trabalho para diagnosticar e propor soluções que aumentem o aproveitamento da geração renovável.

A situação gera receios sobre o aumento das tarifas para os consumidores e a estabilidade do setor elétrico.

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