Cortes de empregos na Nissan dobram para 20.000 em grande reforma
Nissan aumenta cortes de empregos para 20 mil e enfrenta crise financeira profunda. A montadora luta com vendas fracas e um prejuízo projetado de até US$ 5 bilhões até 2025.
Nissan Motor eliminará 11.000 postos de trabalho a mais do que o planejado, totalizando 20.000 demissões, ou cerca de 15% da força de trabalho. A decisão é parte de um plano de reestruturação devido à crise financeira da montadora.
A empresa já havia anunciado, em novembro, cortes de 9.000 empregos em meio a vendas fracas nos EUA e China, resultando em uma queda de 94% no lucro líquido do primeiro semestre.
A Nissan enfrentará um prejuízo líquido de até US$ 5 bilhões devido a custos de reestruturação até março de 2025. A montadora já tinha reduzido sua capacidade de produção em 20% e alterado suas projeções de lucro.
Uma tentativa de fusão com a Honda Motor foi abortada por divergências internas, embora ambas mantenham uma parceria em veículos elétricos.
Além da falta de uma forte linha de veículos híbridos, a Nissan lida com conflitos administrativos desde a prisão do ex-presidente Carlos Ghosn em 2018.
Com tarifas impostas pelo ex-presidente Donald Trump sobre importações, a Nissan atravessa um cenário desafiador de vendas e um aumento de passivos, enfrentando US$ 1,6 bilhão em dívidas em 2023 e projeta US$ 5,6 bilhões em 2026.
O novo CEO, Ivan Espinosa, deve abordar especulações sobre novos cortes de empregos e possíveis fechamentos de fábricas em uma apresentação de resultados fiscais marcada para terça-feira (13).