Corte Suprema da Argentina mantém condenação, e Cristina Kirchner será presa por corrupção
Cristina Kirchner é condenada a 6 anos de prisão por corrupção, após decisão da Corte Suprema da Argentina. A ex-presidente se declara inocente e prevê dificuldades para sua estratégia eleitoral nas próximas eleições.
BUENOS AIRES - A ex-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, será presa por corrupção após a Corte Suprema manter a condenação contra ela no dia 10.
A decisão afirma que as condenações têm base em amplas provas e que o recurso não foi acatado. Cristina foi condenada por contratar obras públicas superfaturadas e fraudar licitações em Santa Cruz durante sua presidência, com uma pena de 6 anos de prisão.
A ex-presidente teve seus direitos políticos cassados e não cabe mais recurso. Ela se declara inocente e diz ser vítima de perseguição judicial.
Com o recurso negado, a prisão será imediata, conforme o diário Clarín. Não está claro qual regime cumprirá. Juristas acreditam que poderá ser uma prisão temporária, possivelmente domiciliar.
Após a decisão, Cristina criticou os membros da Suprema Corte, chamando-os de “marionetes” e “figuras vergonhosas” que atendem a interesses econômicos.
O presidente Javier Milei, rival de Cristina, celebrou a decisão com a palavra “Justiça” em sua conta no X.
Cristina, de 72 anos, anunciou a intenção de concorrer a uma vaga de deputada em Buenos Aires nas eleições de 7 de setembro. Com a condenação, a oposição deverá repensar sua estratégia eleitoral para as eleições de outubro.
Cristina é a segunda presidente condenada na democracia argentina, após Carlos Menem, que foi sentenciado a sete anos de prisão, mas nunca cumpriu pena.