Corte linear de gastos tributários despreza diferenças e avaliação de políticas, diz professor do Insper
Especialista critica proposta de corte linear nos gastos tributários, apontando a necessidade de avaliação e distinção entre diferentes subsídios. Sergio Firpo destaca a importância de enfrentar questões fiscais com coragem e reflexão honesta.
O professor Sergio Firpo, do Insper e ex-secretário de Monitoramento e Avaliação de Políticas Públicas, criticou a proposta de um corte linear nos gastos tributários durante reunião entre o governo federal e o legislativo.
Ele destacou que, embora a ideia seja politicamente factível, ignora a necessidade de avaliação de políticas e as diferanças entre segmentos. Firpo afirmou: "Acho que, do ponto de vista político, um corte linear é a maneira mais simples de proceder."
Segundo ele, tal proposta desconsidera subsídios valorosos para a sociedade, enfatizando a necessidade de coragem para revisar aqueles que não são.
Firpo também ressaltou que o atual quadro fiscal do Brasil exige medidas de controle nas despesas, citando os gastos previdenciários e assistenciais que pressionam as despesas obrigatórias e afetam as não obrigatórias.
Ele pediu uma discussão honesta sobre essas questões e mencionou a disponibilidade de um "rico material" da secretaria que presidia para ajudar nas discussões entre o Executivo, Congresso, Judiciário e a sociedade.