Corte de juros? Impulso para afrouxamento monetário nos principais BCs caiu em abril
Bancos centrais globais adotam cautela em relação a cortes de juros, refletindo preocupações com crescimento e inflação. A atenção agora se volta para a reunião do Federal Reserve, que iniciará um debate crucial sobre política monetária.
Pressa para cortar juros diminui entre bancos centrais em abril, devido a incertezas sobre crescimento econômico e inflação.
Dos cinco bancos centrais que se reuniram, dois - Banco Central Europeu e Nova Zelândia - cortaram as taxas em 25 pontos-base cada.
Australia, Japão e Canadá mantiveram as taxas inalteradas. Suécia, Suíça, Noruega, Reino Unido e EUA não se reuniram em abril.
O foco agora é no Federal Reserve, que conclui sua reunião de política monetária nesta quarta-feira. Jean Boivin do BlackRock observa um desafio entre atividade mais fraca e inflação rígida.
O total de cortes de juros pelos bancos centrais do G10 em 2025 chegou a 325 pontos-base em 12 movimentos, enquanto o Japão subiu 25 pontos-base.
Bancos emergentes também seguem uma tendência semelhante, com quatro dos treze que se reuniram reduzindo as taxas: Índia, Tailândia, Filipinas e Colômbia.
O Banco Central da Turquia aumentou inesperadamente a taxa em 350 pontos-base para conter saídas de capital, enquanto o Brasil já realizou dois aumentos em 2025.
No total, bancos emergentes realizaram 850 pontos de cortes em 14 movimentos.