Corte de gastos tributários não deve gerar economia aos cofres públicos em 2026, diz Natalie Victal
Especialistas apontam que a proposta de corte nos gastos tributários enfrenta desafios legais e práticos, com benefícios constitucionalizados tornando a economia em 2026 improvável. A economista Natalie Victal destaca a importância da inclusão do Judiciário nas discussões sobre ajuste fiscal para garantir a efetividade das medidas.
Reunião entre governo e Congresso discute medidas de redução de gastos tributários em 8 de outubro. Economista-chefe da SulAmérica Investimentos, Natalie Victal, destaca a dificuldade de implementação.
Proposta de corte de 10% nos gastos é vista como desafiadora. Victal afirma que cerca de um terço dos gastos têm fundamento constitucional, dificultando mudanças.
Exemplifica com o programa Perse, onde tentativas de encerrá-lo falharam devido a decisões judiciais que mantêm isenções.
"É necessário incluir o Judiciário nas discussões sobre ajuste fiscal", afirma Victal.
Ela observa que, apesar da reforma trabalhista, o desemprego permanece em níveis históricos baixos e quesitos como a inflação de serviços impactam o Banco Central.
Victal considera a reforma administrativa menos crucial para a fiscalidade, focando mais na produtividade. Em contrapartida, as reformas tributárias são vistas como essenciais para mitigar desigualdades no Brasil.
Conclui que resolver essas questões não será imediato.