Corte de gastos e Reforma Administrativa são necessários pois situação hoje 'está insuportável para o país', diz Motta
Hugo Motta afirma que o governo Lula precisa liderar a discussão sobre a reforma fiscal e cortes de gastos. Críticas ao pacote fiscal do ministro Fernando Haddad ressaltam a insatisfação do Congresso com o aumento de tributos sem ações concretas na administração pública.
Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), enfatizou a necessidade de implementar cortes de gastos e a Reforma Administrativa.
Em seu discurso no 3º Simpósio Liberdade Econômica, em Brasília, ele afirmou que o país enfrenta uma situation insuportável e que o governo deve liderar a discussão sobre ajuste fiscal. Motta disse:
“Estamos tentando adiar o inadiável, não dá mais para empurrar sujeira para debaixo do tapete.”
O presidente criticou o pacote fiscal do ministro Fernando Haddad, que prevê a taxação de investimentos antes isentos, como a Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) e a Letra de Crédito Imobiliário (LCI). Ele afirmou:
“O Congresso está incomodado com medidas que aumentem tributos sem o devido corte de gastos.”
No debate sobre um pacote alternativo ao aumento do IOF, por enquanto, apenas foram consideradas medidas de elevação das receitas. Haddad mencionou a possibilidade de retomar propostas não aprovadas pelo Congresso e novas do Parlamento.
Haddad também reconheceu que as novas medidas fiscais podem “assustar” inicialmente, mas são necessárias para corrigir distorções, especialmente em relação à renúncia fiscal com o agronegócio e títulos isentos.
“Muita gente veio falar o quão injusto é pagar IR. Não temos a mesma condição que a maioria do povo,” afirmou durante audiência pública na Câmara.