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Corrida pelo lítio pode mudar realidade em região de Minas Gerais

O crescimento da produção de lítio no Vale do Jequitinhonha promete transformar a economia local, gerando milhares de empregos e atraindo novas indústrias para a região. As iniciativas visam não apenas o desenvolvimento econômico, mas também melhorias em educação e saúde para a comunidade.

O lítio ganha destaque mundial como mineral estratégico, utilizado em baterias de veículos elétricos, smartphones e computadores.

No Brasil, o país é o quinto maior produtor mundial e as previsões de investimento podem transformar o Vale do Jequitinhonha, uma das regiões mais pobres de Minas Gerais, mas com as principais reservas do mineral.

Flávio Roscoe, presidente da Fiemg, destaca que a busca pelo lítio oferece uma oportunidade de transformação socioeconômica na região. A mineração pode gerar empregos diretos e indiretos e promover a qualificação da força de trabalho, elevando salários e atraindo novas cadeias produtivas.

As maiores reservas de lítio em Minas estão em Araçuaí, Itinga e Medina. Quase 80% dos investimentos previstos para lítio no Brasil, estimados em US$ 1,162 bilhão até 2029, são destinados a estas localidades.

  • A empresa CBL expandirá suas unidades, aumentando a produção de concentrado de espodumênio de 45 mil para 100 mil toneladas anuais em Araçuaí e Itinga.
  • Na planta química em Divisa Alegre, a fabricação de compostos químicos de lítio passará de 2 mil para 6 mil toneladas anuais.

Atualmente, a CBL conta com 750 colaboradores, número que deve crescer para 1.200 com a expansão, com foco em profissionais qualificados. O executivo Vinícius Alvarenga ressalta a importância de investimento em educação e saúde.

Rafael Marchi, da A&M Infra, aponta que o Brasil pode aumentar sua produção de lítio de 2% para cerca de 25% da produção mundial nos próximos anos. A mineradora Sigma Lithium já iniciou a produção para exportação destinada a fabricantes na América do Norte e Europa.

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