'Corrida pela energia': Japão aposta em painéis solares flexíveis para reduzir emissões e desafiar China; entenda
Japão aposta em painéis solares de perovskita para aumentar a geração de energia renovável e reduzir a dependência da China. O governo oferece subsídios significativos para impulsionar a produção e instalação dessa tecnologia inovadora até 2040.
Investimento do Japão em Painéis Solares Flexíveis
O Japão está investindo pesado em uma nova geração de painéis solares flexíveis feitos de perovskita. O objetivo é atuar na energia renovável e competir com a produção chinesa.
Os painéis dobráveis são ideais para o relevo montanhoso do Japão. O iodo, matéria-prima essencial, posiciona o país como o segundo maior produtor mundial.
Entretanto, enfrenta desafios:
- Chumbo tóxico nas células;
- Menor produção de energia;
- Vida útil inferior aos painéis tradicionais de silício.
Com a meta de emissão líquida zero até 2050, os painéis de perovskita são vistos como estratégicos. O ministro da Indústria, Yoji Muto, enfatizou a necessidade de implementar essa tecnologia.
O governo já oferece incentivos, incluindo um subsídio de 157 bilhões de ienes (cerca de US$ 1 bilhão) para a Sekisui Chemical, visando geração de energia para 30 mil residências até 2027.
Até 2040, a meta é alcançar 20 gigawatts de energia solar, suficiente para 50% da demanda elétrica do Japão. Atualmente, 9,8% da energia no país vem de fontes solares, com expectativa de chegar a 29% até 2040.
Os painéis de perovskita têm peso reduzido e flexibilidade, sendo capazes de se adaptar a superfícies irregulares. Prototipagens estão sendo realizadas em edifícios e estádios, demonstrando seu potencial.
Embora a produção em massa ainda esteja distante, avanços recentes na tecnologia mostram a possibilidade de atingir igualdade de eficiência e durabilidade com os painéis de silício no futuro.
De acordo com Hiroshi Segawa, especialista da Universidade de Tóquio, o foco deve ser em como maximizar o uso de energia renovável.