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‘Correção de rota’ de Trump terá de vir por pressão interna, diz Azevêdo

Roberto Azevêdo alerta para as pressões internas que podem levar Donald Trump a reconsiderar suas tarifas, enquanto destaca uma possível recessão nos Estados Unidos. Segundo ele, as tensões comerciais podem se expandir para outras áreas da política internacional, complicando ainda mais as relações globais.

Roberto Azevêdo, ex-diretor-geral da OMC, acredita que Donald Trump pode suavizar sua política tarifária se houver pressão do Congresso, Judiciário e empresas dos EUA.

Segundo Azevêdo, “uma correção de rota dificilmente virá da Casa Branca espontaneamente”. Ele adverte que as tarifas americanas estão criando um cenário de recessão e inflação.

Azevêdo caracteriza as políticas atuais como uma ruptura histórica com a ordem global, destacando a violação de acordos internacionais.

O aumento das tarifas pode levar a retaliações semelhantes a eventos passados, como a crise de 1930, que acentuou a depressão comercial.

As guerras comerciais geralmente afetam outras áreas da diplomacia. Azevêdo menciona que as tensões comerciais já transitam para relações políticas e recomenda cautela na aceitação de acordos americanos.

Azevêdo aponta que, se as tarifas persistirem, haverá redução do comércio global e reorientação de fluxos comerciais, criando um ambiente de competição predatória.

Brasil pode se beneficiar a curto prazo, especialmente no setor de commodities, mas a sustentabilidade desses ganhos é incerta.

A possível coordenação entre países também é discutida, sendo visto por Azevêdo como esperado, mas com resultados difíceis de prever.

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