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Coronel diz que reunião com kids pretos para pressionar Freire Gomes foi ‘encontro de amigos’

Tenente-coronel classifica reunião para pressionar comando do Exército como 'encontro de amigos' e nega envolvimento no planejamento do golpe. Durante o interrogatório, ele minimizou a importância da 'Carta ao comandante do Exército' e afirmou que as discussões eram apenas desabafos.

Interrogatório no Supremo Tribunal Federal: O tenente-coronel Bernardo Corrêa Neto classificou reunião com kids pretos em 2022 como um ‘encontro de amigos’ para pressionar o ex-comandante do Exército, general Freire Gomes, a apoiar um plano de golpe em favor do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Corrêa Neto, integrante do núcleo 3 dos réus na ação do golpe, descreveu a carta enviada aos oficiais superiores como um ‘ato de indisciplina’. Ele é considerado pela Polícia Federal o idealizador do encontro para pressionar o comando do Exército.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) argumenta que a reunião visava desenvolver uma estratégia de pressão sobre os comandantes. Corrêa Neto negou organização do encontro e afirmou que foi espontâneo. Segundo ele, a participação dos militares se deu apenas pela relação de amizade.

A minuta da carta foi divulgada após as eleições de 2022 pelo influenciador bolsonarista Paulo Figueiredo. Corrêa Neto admitiu estar ciente das reuniões entre Bolsonaro e o general Estevam Theóphilo, mas negou saber o verdadeiro intuito dos encontros.

Ele afirmou que as conversas eram apenas um ‘desabafo’ entre amigos e nunca manifestou publicamente suas opiniões políticas. As mensagens interceptadas revelaram que o grupo ainda mantinha esperanças de reverter a posição do comandante do Exército.

Em resposta a questionamentos, Corrêa Neto disse que o decreto não seria assinado porque Bolsonaro não tinha apoio das Forças Armadas e temia ser preso.

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